Rosa Luxemburgo foi uma proeminente teórica marxista, revolucionária e ativista política, nascida na Polônia em 1871. Destacou-se no movimento socialista europeu, sendo uma das fundadoras do Partido Comunista da Alemanha (KPD) e da Liga Spartacus.

Conhecida por suas críticas ao reformismo e ao autoritarismo, Luxemburgo defendeu uma revolução socialista que preservasse a liberdade e a democracia. Seu trabalho, como “A Acumulação do Capital”, teve um impacto duradouro na teoria marxista. Ela foi assassinada em 1919 durante a Revolução Alemã, deixando um legado de luta pela justiça social.

Textos selecionados

Política

Discurso sobre o papel da burguesia na Revolução de 1905/1906 na Rússia (1907)

Discurso proferido no Congresso do Partido Operário Social-Democrata Russo, realizado em Londres entre maio e junho de 1907, no qual o partido polonês de Rosa Luxemburgo (SDKPiL) apresentava uma tendência crítica aos bolcheviques. Rosa destaca que, apesar das discordâncias sobre o armamento das massas, ambos os grupos estavam situados no mesmo campo revolucionário

Organização e desorganização (1906)

Rosa Luxemburgo critica os partidos revolucionários que, em nome de uma suposta “confiscação”, realizam roubos a bancos e estradas de ferro sob o pretexto de financiar a revolução

Blanquismo e social-democracia (1906)

Neste artigo, Rosa Luxemburgo posiciona-se ao lado dos bolcheviques contra os mencheviques, confrontando Plekhanov, que acusou os bolcheviques de blanquismo

O ano da revolução (1906)

No primeiro ano da Revolução Russa, Rosa Luxemburgo destaca o papel decisivo da espontaneidade das massas populares

Revolução armada em Moscou (1906)

Uma descrição vívida da insurreição em Moscou, no final de 1905, derrotada por um “exército” de milícias voluntárias, já que os soldados haviam deixado de ser confiáveis para o tsarismo

A solução da questão (1905)

De forma vívida e didática, Rosa Luxemburgo descreve as manifestações na Rússia, mostrando como a revolução, em seu trabalho de educação política, atrai os soldados, filhos do povo, para o seu lado

Na hora revolucionária: o que fazer? (1905)

Este é um dos muitos artigos escritos por Rosa durante a Revolução Russa de 1905-1906, no qual, ao criticar a substituição das massas por grupos armados, defende o esclarecimento, a agitação e a organização das massas trabalhadoras

Social-democracia e parlamentarismo (1904)

Rosa critica o parlamentarismo burguês, que, para a burguesia, perdeu sua razão de existir, mas que deve ser preservado, pois permite que os deputados socialistas defendam seus pontos de vista no parlamento, contribuindo para a educação política dos trabalhadores

Martinica (1902)

A explosão de um vulcão na Martinica, que resultou na morte de milhares de pessoas e foi hipocritamente lamentada pelo mundo civilizado, serve de ensejo para Rosa criticar a destruição causada pelo imperialismo ao redor do mundo, cujas vítimas permanecem sem lamento