A marxista judia polonesa Rosa Luxemburgo (1871-1919), militante do movimento operário europeu do começo do século XX, contribui até hoje para a reinvenção de uma esquerda socialista plural, ecológica e revolucionária. Partindo de uma visão que articulava socialismo e democracia como elementos indissociáveis, Luxemburgo rejeita concepções autoritárias da política. Sua análise do capitalismo histórico como processo global inseparável da guerra e do imperialismo, que precisa ininterruptamente extrair valor do trabalho, da natureza e das colônias, ilumina em particular as lutas dos movimentos sociais da América Latina. Por ser um exemplo de coragem na luta contra as injustiças e desigualdades, Rosa foi assassinada no dia 15 de janeiro de 1919 em Berlim por soldados de uma milícia protonazista, anúncio dos tempos sombrios que estavam por vir.